Apresentação e abertura do espetáculo com as deusas Gaia, Hemera, Artemis, Héstia, Hera, Anfitrite, Têmis,
Deméter, Afrodite, Vênus, Iris, Atenas, Freya, Dakni, Fênix e Pandora.
Em seguida, apresentamos o excelente texto da psicologa Daniela Cota Carvalho referente às deusas gregas, mulheres e mitos e sua relação com o resgate do feminino.
por Daniela Cota Carvalho
Deusas Gregas: Mulheres da nossa época
Daniela Cota Carvalho
Psicóloga. CRP 0423963
Ser Mulher é Ser Muitas. Ser Mulher é ser única.
As Deusas são forças arquetípicas presentes em todas nós, são potenciais vivos esperando ser descobertos por cada mulher.
Objetivos do Curso: Apresentar os mitos, as histórias, os arquétipos das seis principais deusas gregas: Deméter, Afrodite, Atena, Perséfone, Hera e Ártemis; Reconhecer as potencialidades de cada deusa em si mesma;
Ao se abordar o tema das Deusas, considero fundamental um comentário prévio sobre o resgate do feminino, como uma base que nos dará sustentação na compreensão da importância em se trabalhar com os arquétipos das deusas.
“...a civilização ocidental acabou sendo unilateralmente ofuscada pelo arquétipo do Pai, à exclusão do arquétipo da Mãe. Em nossa reverência exclusiva ao princípio paterno, em que suprimimos ou menosprezamos o feminino, acabamos provocando graves danos à saúde psíquica individual e coletiva. Isso sem mencionar a saúde física de nosso corpo e a do próprio planeta Terra”.
“Mas há sinais indicando que, espontânea e conscientemente, o pêndulo começa efetivamente a oscilar. A supremacia patriarcal vai manifestando sintomas de falência espiritual, e em toda parte – nas artes, na literatura, na política, nas igrejas- há sinais de um enorme ressurgimento do feminino (...) Um auspicioso “retorno da Deusa” está certamente ocorrendo”. (Woolger, p. 21)
Há mais de 20.000 anos atrás, predominavam as comunidades chamadas matriarcais, onde as pessoas tinham um profundo contato com a natureza, os grupos eram regidos pela cooperação, havia o culto a Deusa-Mãe, reverenciando-se o feminino como algo sagrado.
Com o advento da civilização e a chegada do sistema patriarcal, este estilo de vida começa a ser represado, destituído de seu valor, ocorre uma supervalorização do intelecto e do pensamento lógico-racional em detrimento do corpo, dos instintos e das emoções. Instauram-se as guerras, a propriedade privada, inclusive do “homem sobre a mulher”, a evolução da tecnologia, o aumento exacerbado da competitividade, do autoritarismo.
Este é o sistema em que ainda estamos inseridos hoje em dia. No entanto, grandes transformações começam a acontecer, tanto a nível social, quanto a nível pessoal.
No âmbito macro, observamos o crescimento dos movimentos ecológicos de cuidado com a Terra, os movimentos feministas e as reflexões sobre gênero e sexualidade, movimentos de economia solidária, organizações em rede... enfim, uma “efervescência” de novos movimentos, que aponta para uma transformação a nível consciencial.
No âmbito micro e pessoal, observa-se um redespertar do Princípio Feminino. E aqui é importante lembrar que o principio feminino não é exclusividade das mulheres....
Como conceitos próximos, podemos citar o Yin e Yang presente na cultura oriental e Animu e Animas, presente na teoria desenvolvida por Carl Jung.
Feminino e Masculino aqui, não se definem como categoria- gênero, mas como princípios vivos presentes na natureza, no homem e na mulher. Dinâmicas interdependentes, que se inter-relacionam e formam uma Unidade.
“Esse feminino representa o princípio de vida, de criatividade, de receptividade, de enternecimento, de interioridade e de espiritualidade no homem e na mulher”. (BOFF, Leonardo).
Feminino como princípio que rege a receptividade, a sensibilidade, a intuição, a emoção, o ser.
Masculino como princípio regente da ação, do vigor, da objetividade, do fazer, da razão.
Ora, precisamos dos dois! Como uma dança em que ambos interagem, se interpenetram...
No entanto, observamos hoje uma preponderância do princípio masculino, inclusive em nós mulheres, que para conseguirmos conquistar nosso espaço, muitas vezes, abrimos mão do principio feminino em nossas vidas.
Como buscamos a Integração, se faz necessário o resgate do feminino como o equilíbrio da balança, “a outra face complementar” que contribui para sermos seres mais inteiros.
Assim, falar sobre as Deusas é resgatar em nós, referências deste princípio que, por tanto tempo, ficou tão perdido dentro de cada mulher.
“ O panteão das deusas gregas reflete a diversidade e a complexidade das mulheres. Elas nos mostram uma nova maneira de ver a nós mesmas, de uma perspectiva inteiramente feminina. Como mulheres precisamos dessa associação com esses arquétipos grandes, poderosos. À medida que despertamos e buscamos a totalidade, as deusas voltam para nos ajudar na nossa trajetória." (Mary Elisabeth Marlow, em A mulher emergente).
Jennifer e Roger Woogler (1993), em seu livro a Deusa Interior, descrevem psicologicamente a Deusa como um tipo complexo de personalidade feminina, que intuitivamente reconhecemos em nós, nas mulheres à nossa volta e também em imagens e ícones presentes nas novelas, nos contos de fadas, nas histórias, no cinema, etc.
O fato é que, ao estudar as deusas, percebemos como suas imagens estão vivas em nós, nos auxiliando a nos re-conhecermos, a reconhecermos em amigas, mães; a "rir” de nós mesmas, a percebermos nossos dramas pessoais e, talvez, o mais importante, a refazermos nossas escolhas existenciais, experimentarmos novos caminhos e novas possibilidades presentes em nós.
Cada deusa tem a sua história, as suas “sombras” e as suas potencialidades. Vamos “visitar” cada uma delas, conhecer suas peculiaridades, perceber a força que traz em si, desvendar seus mitos....
E por falar em mitos....
“Essas coisas não aconteceram nunca, mas existiram sempre”
Mitos são “pontes” que nos re-ligam a outras paisagens
Mitos são histórias, redações, informações que se repetem desde os mais remotos tempos, em todas as épocas e todas as culturas, e se referem a temas que sempre inquietaram a humanidade. Utilizam-se imagens arquetípicas como forma de compreendermos melhor a nós mesmos e ao Universo.
Mitos são pontes de acesso ao inconsciente coletivo, eles “espelham” nossos dramas e ao mesmo tempo, oferecem “pistas”, lições a serem aprendidas.
Os mitos são as chaves para um acesso às nossas mais verdadeiras e profundas forças, são nossos guias para o verdadeiro conhecimento do nosso caminho espiritual e nos permitem chegar ao êxtase, à iluminação, à bem aventurança.
Os mitos são as bases onde foram construídas religiões e civilizações, por toda a história sustentaram o ser humano na busca por explicações aos profundos mistérios e perguntas interiores.
Em síntese, mitos: São representações simbólicas do nosso universo, Tocam o inconsciente , Incorporam verdades universais: aquilo que é comum a todos os seres humanos.
Assim, a mitologia grega é uma das mais estudadas, tendo uma vasta quantidade de fonte de pesquisas; é a base do pensamento ocidental e é inegável sua importância histórica e a tamanha influência em nossa cultura.
De qualquer forma, a mitologia é atemporal e eterna. Ao visitarmos outras culturas - oriental, indígena, africana, etc -também encontramos histórias de deuses e deusas muito semelhantes com a mitologia grega, confirmando o que Jung vem chamar de inconsciente coletivo, aquele lugar comum em que nos encontramos como SER HUMANO, não importa em que tempo ou local.
Podemos dizer que a mitologia é uma linguagem essencialmente feminina (no sentido de principio), visto que é metafórica, nos leva para além do pensamento linear, é poética.
Belas, Poderosas, Vitais, lá vêem elas.
...e quando chegam... transformam nossas vidas.
A executiva, focada na carreira, no mundo urbano.
A mãe e seu instinto protetor com tudo que é pequeno e pueril.
A arqueira, focada, aventureira e admiradora da natureza.
A esposa, aquela que cuida da tradição, do casamento...
A sensível, intuitiva, ligada a questões espirituais.
A sensualidade regada ao afeto, a beleza, a prosperidade...
Cada uma com seus atributos únicos vêm nos auxiliar a descobrir a força dos nossos instintos, a potência interior, as habilidades e possibilidades de Ser.
Segue uma breve apresentação de cada Deusa. Posteriormente, vamos detalhando cada uma delas:
1)Hera
Imperatriz
Esposa
Poder no mundo
Tradição
Casamento
Companheirismo
Moralidade
Matriarca
2) Afrodite
Sexualidade
Corpo é sagrado
Romance
Beleza
Paixão
Artes
Salões
3)Atena
Civilização: Educação cidade cultura
Carreira e profissão
Competidora
intelectual
Lógica do mundo paternal
4)Deméter
Mãe
Corpo receptáculo
Ciclos
Menstruação
Gravidez
Geração
Mãe terra
Amamentação e acalento Alimentação
Fertilidade
Cuidado e proteção
5)Ártemis
Natureza
Amazona
Arqueira/Conquistadora
Independência
Liberdade
Aventuras
6)Perséfone
Poder psiquico
Cura
Guia interior
Morte e transformação
Visões/ sonhos
Clarividência
Mediunidade
O oculto
Cada deusa olhada sob um foco individualizado traz em si características muito interessantes. No entanto, se nos deixamos enredar ou aprisionar por apenas uma ou duas imagens das deusas, nos perdemos de nossa inteireza...
Todas são partes de uma única Totalidade e a nossa busca por ser uma mulher Inteira é poder descobrir e usufruir de cada uma delas em nós.
“elas são uma bênção, elas podem ser armadilhas, elas libertam, elas podem aprisionar,,,,” (Maria Grilo)
Psicóloga, graduada pela UFMG.
Facilitadora de Biodanza pela escola de Biodanza de Belo Horizonte.
Atualmente desenvolve grupos terapêuticos voltados para mulheres de todas as idades; cursos e palestras em empresas e instituições; atendimento clínico para mulheres.
Contato: (31)9165 8355
Curso: Deusas Gregas- Mulheres da nossa época Daniela Cota Carvalho
dcotacarvalho@yahoo.com.br
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by Dani Camargo