Delas - iG: Use a danca para descobrir sua sensualidade

Delas - iG: Use a dança para descobrir sua sensualidade

Título: Use a dança para descobrir sua sensualidade

Autor(a): Por Carina Martins, iG São Paulo

Data: 16/07/2010

Descrição: Faz correlação entre a dança e a sensualidade, em especial a dança do ventre e suas variantes, como a tribal e o estilo cabaré, explicando suas diferenças. Foca no Tribal Fusion, explicando como se dá o contato da dançarina com sua sensualidade. Aborda também a dança burlesca, que não tem relação com danças árabes, porém está alinhada com o objetivo do artigo.

Comentários: Não cita fontes, porém traz entrevistas com dançarinas/professoras. Apesar de curto, é preciso nas informações e é uma boa leitura, mesmo não entrando a fundo na questão da sensualidade. Apenas discordo quanto à questão de qual estilo de dança é mais ou mesmo sensual. Tudo depende muito da dançarina e de seu objetivo com a dança. Qualquer dança pode ser tão sensual (ou sexualizada) quanto se queira. Aliás, esse é o conceito defendido no final do texto.

Estatística: 12 parágrafos, 57 linhas, 778 palavras

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Conheça estilos que despertam e exploram a força da feminilidade

A dança pode ser mais do que uma forma de expressão da sensualidade. Pode ajudar também na criação ou descoberta da própria identidade sensual e feminina de quem se dispõe a arriscar alguns passos. E para chegar longe não é preciso ir na “velocidade cinco” do Créu. Pelo contrário. Muitas danças trabalham a sensualidade propondo o fortalecimento da identidade feminina e o empoderamento da mulher. Sem descer até o chão.

É o caso do tribal fusion , estilo que parte da dança do ventre e une inspiração de tribos de diversas partes do mundo com a liberdade para acrescentar elementos contemporâneos.

A abordagem da sensualidade é exatamente uma das diferenças apontadas pela professora Marília Lins, 26, entre o tribal fusion e a dança do ventre mais difundida no ocidente. Apesar desta ser a base do tribal fusion e Marília fazer questão de ressaltar seu respeito pelo estilo, ela destaca que a versão “cabaré” da dança do ventre – a mais praticada no ocidente – tem uma sensualidade mais externalizada do que a proposta pelo estilo que ela pratica hoje.

“O tribal é uma manifestação de um arquétipo feminino da dança no presente. A dança do ventre também vai muito de encontro a esse arquétipo, a encontrar sua feminilidade, não dá para dizer que não”, admite. “Mas o estilo que chamamos de cabaré ganhou uma certa vulgaridade, certos padrões que, para o tribal, são muito para fora, tem muitas caras e bocas”, diz.

Marília explica como é o contato da dançarina de tribal fusion com a sensualidade. “Não é uma mulher vulgar ou desencaixada. Ela é consciente de sua sensualidade sem ser escrachada. A aluna se descobre na dança e coloca esses aspectos mais pessoais, além de trabalhar sua feminilidade dentro de seu próprio contexto”. Como as demais professoras e dançarinas ouvidas pelo iG/Delas, Marília conta que esse exercício de identificação com a própria feminilidade se reflete no cotidiano das praticantes. “Isso acaba vindo para o dia a dia delas. Te transforma enquanto pessoa, deixa com uma sensação de mais poder na sociedade. Ela sabe que é bonita, sensual, se move diferente. Mas não usa de forma apelativa. Essa transformação é uma coisa muito bonita”.

Apesar de ter uma sensualidade bem mais explícita, o neoburlesco também prega a valorização da mulher. Sim, alimentar o desejo está entre os objetivos desta dança. Mas mesmo tirando a roupa, a postura em relação ao próprio corpo é a maior preocupação do estilo – que traz para os dias de hoje o universo das pin-ups e do burlesco, que deu origem ao strip-tease.

Para começar, o neoburlesco defende a diversidade estética. “O burlesco existe desde o começo do século passado, então o neoburlesco é uma versão disso com elementos novos, porque seria impossível fazer uma coisa legal hoje com exatamente a mesma estética”, diz Karina Raquel, 36, a Fascinatrix. Para ela, “o que faz toda diferença agora é o momento da época, a liberdade da mulher e a diversidade – pode ser tatuada, ter piercing, não precisa ter 90 cm de quadril e 60 cm de cintura”.

Segundo a dançarina, essa diversidade ajuda mulheres a superarem suas inseguranças e levarem a nova atitude a outras áreas da vida. “O burlesco foge muito dessa coisa de padrão. E sempre que você trabalha a sensualidade, leva isso para outras áreas. É como começar a escrever: no começo tem uma trava, depois vai fluindo”, acredita. “Vai cada vez ficando melhor, se sentindo mais segura, mais bonita, mais feliz, se aceitando melhor”.

Em uma prática tão ousada quanto o neoburlesco, o risco de pesar a mão é grande. E esse é o segredo. “É o tempo todo uma coisa sensual sem ser vulgar. Quem já viu alguma performance, como as da Dita Von Teese, sabe que a dançarina é linda e chique, fica pelada e continua chique”, diz. Segundo ela, é uma questão de postura. “Não precisa rebolar até o chão, nem mostrar tudo. O segredo é posar como uma figura quase inatingível, alimentar mais o desejo sem oferecer tudo”.

"A banalização do sensual e do sexual nos deixou adormecidos para as sutilezas possíveis, e o burlesco resgata isso com o riso. Não é "olhe para mim, como sou sexy". É algo mais inocente e divertido, cheio de duplo sentido", concorda a dançarina burlesca Sweetie Bird . "O estilo ajuda a mulher a conhecer melhor o corpo, a ter controle sobre onde está e sua postura. Além dos benefícios de praticar um exercício divertido, o neoburlesco ensina a gostar do corpo, seja como for. A encontrar o seu melhor, e aprender a usar", define.

fonte:

https://delas.ig.com.br/


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